Novembro, um mês sombrio

Novembro foi, este ano, um mês sombrio. Será que tem sido sempre assim?... Julgo que não. Mas este Novembro de 2010 foi sombrio, teve neve, geada - não muita - de vez em quando, o sol, coado pelas nuvens. O Marão deixou passar a chuva e os dias ficaram tristonhos. Até já se diz que a iluminação do Natal, cá na Vila, acompanha o que se passa pelo país abaixo. Escassa... QB, como o sal na comida.

O dourado após as vindimas

Museu do Vale do Côa

Vale a pena viajar alguns quilómetros. Vale, sim senhor. Tive o ensejo de ver levantar a exposição permanente. Ontem, voltei lá para receber o Presidente da Comissão Europeia, Dr. Durão Barroso. E gostei do que vi. Melhor, continuei a gostar.

Da autoria dos arquitectos Pedro Tiago Pimentel e Camilo Rebelo, é mais um equipamento cultural que pode - deve - contribuir para o desenvolvimento do Douro Superior, irradiando a sua influência pelos territórios envolventes. Acredito que vai realaizar esse papel.

Medalha de Mérito Distrital

O Governador Civil do Distrito de Vila Real quis que o centenário da implantação da República fosse celebrado com a outorga da Medalha de Mérito Distrital aos Governadortes Civis do Distrito pós-25 de Abril.

Um serviço público, agora reconhecido, como referiu o Dr. Júlio Montalvão Machado, em nosso nome. Na verdade, cada um dos agraciados, exercitámos a nossa cidadania, servindo o Distrito e os seus habitantes, na representação do Governo no distrito e na representação dos seus problemas, ansiedades e preocupações, como seus "provedores", junto do Poder Central. Mas também na coordenação política da Protecção Civil a nível distrital ou na coordenação dos serviços desconcentrados da Administração Central. Uma medalha para recordar o serviço à República, em benefício do bem comum.

Cem Anos de República

As comemorações aconteceram um pouco por toda a parte. Eu assisti e acompanhei via TV ou Via Rádio as de Lisboa. Com várias interrupções, exactamente porque quis estar presente na cerimónia que a Assembleia Municipal de Vila Real levou a efeito nas proximidades da Av. 5 de Outubro.

Uma boa ideia, por sinal. Mas não posso deixar de lamentar um discurso anti-República de um dos que teve a possibilidade de intervir em nome de eleitores que, de certo, não se revêem naquela diatribe anti-republicana. O que a democracia permite!... E aquele senhor, monárquico, nem parece saber, porque sabe, que há regimes monárquicos onde o sistema de governo é a democracia.

Já os representantes do PSD e do PS fizeram jus ao facto de um ser jovem e trazer preocupações dos jovens para esta festa do centenário e a outra, a que falou em nome dos que votaram no PS, pelo facto de ser mulher, trazer a temática feminina, sem "feminismos", como ela própria disse, para o seu discurso.

Um dos "desafios da cidadania é a atenção aos jovens, nomeadamente, aos que procuram emprego", disse um; a "valorização do bem colectivo" é algo de muito importante, quer na República de Roma, quer na democracia (são palavras no feminino, já repararam?) dos gregos.

Mas aqui ficam outros pensamentos, referidos nos discursos que hoje ouvi, e o do Presidente da Câmara de Lisboa não foi o menos importante:: «serviço público, bem comum, cidadania, espírito cívico, inclusão»

Aldeias Vinhateiras 2010 - Favaios

Foi ontem e hoje o fim-de-semana da animação da Aldeia Vinhateira de Favaios. Que tempo tão díspar, num e noutro dia?...

Mas no Sábado foi possível fruir um belo dia de sol para visitar a Adega Cooperativa, uma Padaria (e tentar fazer um pão de quatro cantos), a Quinta da Avessada, ver algumas gravuras da V Bienal Internacional da Gravura do Douro, ouvir música , comprar artesanato e produtos regionais. E claro, a merenda teve pão de Favaios e Moscatel!...

Quem encontrámos por ali? Turistas de Lisboa, do Porto. Mas também da Suécia e do Canadá.

Quem diz que as Aldeias Vinhateiras não dinamizam o destino Douro está cada vez mais enganado. Eu diria que já fazem parte integrante da Marca Douro.

Lagaradas Tradicionais de Celeirós

Dias 25 e 26. Fazendo lembrar a festa das colheitas. E a colheita numa região vinhateira tem que ser vinho. Rosa Mota e o Presidente do Município não hesitaram em entrar ao lagar. Uma actividade que integrou as Jornadas Europeias do Património.

As Vindimas no Douro

Começa a ter sentido a afirmação de João Araujo Correia quando se referia ao turismo como podendo ser uma segunda vindima, no Douro.

Começa a ser assim. Unidades de alojamento sem quartos disponíveis, marcações na quintas para participar no trabalho das vindimas, restaurantes a transbordar e os barcos também com muita procura. Óptimo.

O que não se compreenderá muito bem são afirmações de queixume ou de exigências desmedidas, sem sentido. Querer dar saltos muito altos pode ser perigoso. É melhor caminhar com passos seguros.

DFH 2010

Terminou a segunda edição. Em grande, como era expectável, para dar continuidade ao que acontecera há um ano. Com o Teatro Ribeiro Conceição repleto, na homenagem a Sophia Loren. Em que Carlos do Carmo dedicou um fado à estrela que nos visitou, "obrigando" a assistência a cantarolar para participar na festa. Coube ao Dr. Luciano Vilhena Pereira, Presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, e a mim próprio, como Presidente da Turismo do Douro, presentear a homenageada com o troféu Casta Douro pela sua grande carreira.

Douro Film Harvest

Abriu em Lamego dia 5. O primeiro filme tinha por base o romance de Mia Couto "O Último Vôo do Flamingo". A certa altura ouviu-se a frase, que é um dito de Tizangara, onde se desenrola a acção: «O mundo não é o que existe, mas o que acontece». E o Douro Fim Harvest aconte. Mais uma vez.

O Vale do Douro no Parque do Douro Internacional

Isto é parte do Vale do Douro, na Congida. Maravilhe-se com ele...

Vote em www.7maravilhas.sapo.pt

ou pelo telefone nº 760302718

O Folclore também exprime identidade

Ocorreu-me este pensamento, ontem, ao fim da tarde, quando vi cantar e dançar na minha terra, Santa Eugénia, o Rancho Folclórico de Constantim e o nóvel Rancho Folclóricico daquela freguesia. Numa expressão popular de cultura... Com ambos os Ranchos a marecerem muitas palmas.

HÁ UM SENTIDO

«HÁ UM SENTIDO

na orla de cada vinha. Os homens costumam parar aí, antes de entrarem. Param onde provavelmente já houve uma fogueira, pois a tendência de quem vai ocupar-se tão intensamente de qualquer coisa é a de começar logo a arder com ela.» António Cabral, in "Ouve-se um Rumor".

Porque o Douro é d ´ouro.